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Cumaru pode ser a cura do Alzheimer

O caminho para a cura do Alzheimer, doença degenerativa cujo sintoma primário é a perda de memória, pode estar aqui no Pará. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriram uma substância presente no Cumaru, que mostrou propriedades neurogênicas e, segundo a pesquisa, ao ser aplicada de forma intravenosa, a droga induz as células tronco, que são responsáveis pela produção de neurônio, a reproduzirem novos neurônios.

  • Publicado: Quarta, 11 de Dezembro de 2019, 13h44

O caminho para a cura do Alzheimer, doença degenerativa cujo sintoma primário é a perda de memória, pode estar aqui no Pará. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriram uma substância presente no Cumaru, que mostrou propriedades neurogênicas e, segundo a pesquisa, ao ser aplicada de forma intravenosa, a droga induz as células tronco, que são responsáveis pela produção de neurônio, a reproduzirem novos neurônios.

O resultado da pesquisa além de apontar um tratamento para diminuir o declínio cognitivo das pessoas afetadas pelo Alzheimer ou demência, também aponta para o desenvolvimento de uma nova economia para o Pará, a partir do fornecimento da matéria prima do cumaru para laboratórios farmacêuticos e fitoterápicos. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alberto Arruda, contou que a substância foi patenteada nos Estados Unidos, e que a patente é dividida entre o Governo do Estado e a UFPA. “O principal foco da secretaria no momento é a incorporação de novas tecnologias no Estado. Essa oportunidade pode desenvolver a parte crítica, científica e faz com que o Pará passe a interagir com a área acadêmica e se torne um polo de atração mundial nesse sentido. Essa descoberta, fazendo uma rápida comparação, seria o novo Viagra. O Viagra não existia, de repente saiu como um medicamento novo, que foi e ainda é absoluto e que rende bilhões para o laboratório que lançou”, explica Alberto Arruda, titular da Secti.

A previsão de faturamento com o medicamento proveniente do cumaru é de R$170 bilhões de dólares, valores comparados aos rendimentos das minas de ferro de Carajás. A descoberta já atrai os olhares para a região. Na semana passada, o governador Simão Jatene recebeu os representantes da empresa Cristália, de produtos químicos e farmacêuticos. “Temos interesse em firmar parceria para desenvolvimento de novos produtos a partir da biodiversidade amazônica. Estamos avaliando alguns produtos do banco genético da UFPA dentro do nosso conselho científico e estamos discutindo uma parceria com o Parafarma que está sendo criado aqui”, afirmou Ricardo Pacheco, vice-presidente técnico científico de novos negócios da Cristália.

No encontro, o governador Simão Jatene reiterou o interesse do Estado em parcerias que possam fomentar o desenvolvimento tecnológico e a geração de renda. Simão Jatene disse ainda que o momento atual é propício para a constituição efetiva do laboratório público Parafarma, destinado à pesquisa e ao desenvolvimento de biofármacos no Estado do Pará. Ao final do encontro, o governador solicitou à Cristália que apresente formalmente a forma como pretendente firmar essa parceria.

“É fundamental determinarmos de que forma vamos construir essa parceria para que ela seja sólida e duradoura. Nós sempre entendemos a importância da biodiversidade que temos em nosso território, por isso avançamos nos estudos para a criação do Parafarma e estamos buscando parceiros para essa implantação que deve acontecer nos próximos meses. O Parafarma será fundamental para dar suporte a toda essa nova realidade de mercado”, asseverou Simão Jatene.

O Parafarma será instalado no interior do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), que abrigará diversos laboratórios ligados à área debiotecnologia e será um polo avançado na produção de medicamentos biológicos. A novidade se integra com a notícia nacional de que o governo Federal vai incluir uma lista de dez medicamentos fitoterápicos na agenda de medicamentos do SUS.“Essa abertura para os fitoterápicos vai dar a chance da gente poder, finalmente, fazer estudos sérios sobre o nosso conhecimento tradicional, que tem sido perdido ao longo dos anos. O Parafarma estava no ciclo ‘não existe porque não tem negócio e não tem negócio porque não existe’, mas diante desse novo cenário nacional e das parcerias com grandes laboratórios que têm a expertise na produção de medicamentos, a Parafarma tem tudo para se consolidar no mercado em poucos anos”, concluiu Simão Jatene.

Fonte:Agência Pará de Notícias

Texto:Dani Filgueiras

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