Estudo comprova propriedades de planta utilizada para tratamento de picada de cobra
A pesquisa trabalhou com a espécie de planta popularmente conhecida como muúba ou goiaba-de-anta. Em forma de chá, o extrato da casca da planta foi capaz de reduzir o edema significativamente a partir de 30 minutos após a ingestão.
Na Amazônia, o difícil acesso aos centros hospitalares das grandes cidades para a obtenção de exames e medicamentos contribui para que os moradores desta região busquem tratamentos alternativos. Muitas vezes, as plantas acabam sendo a única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde e o conhecimento popular é repassado de geração para geração.
A picada da jararaca causa reações graves como edema, dor, hemorragia, necrose, além de problemas de coagulação sanguínea e hemorragia mais severa. O deslocamento até a área urbana nem sempre é fácil ou rápido. Muitas vezes os pacientes demoram até conseguir receber o tratamento específico.
A pesquisa foi realizada através Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia (PPGRNA). Futuramente existe a possibilidade de desenvolver produtos para uso das comunidades ou de empresas locais. “Isso geraria renda e garantiria a eficácia das plantas medicinais, além de termos produtos seguros para a população. A pesquisa trabalhou com a espécie de planta popularmente conhecida como muúba ou goiaba-de-anta. Em forma de chá, o extrato da casca da planta foi capaz de reduzir o edema significativamente a partir de 30 minutos após a ingestão. “Conseguimos mostrar que os extratos das plantas em forma de chás são bastante eficazes no combate aos efeitos locais do envenenamento” explica Valéria Mourão , pesquisadora.
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